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mars 12, 2007

Entrevista - Jorge SILVA (F.C. Porto)


Entrevista de Jorge Silva – Jogador do F. C. do Porto
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Conheci o Jorge Silva, no Campeonato da Europa de Juniores de Dinan 2001. Estivemos de novo em Follonica, em 2002 e Vale de Cambra 2003.
2002, foi um ano memorável em que a Suiça perdeu 2-1 contra Portugal, num campeonato em que a Itália a jogar em casa, ficou muito perto do título.
2003 foi o ano de Jorge Silva que como capitão, foi campeão do Mundo e campeão da Europa de Juniores
É um prazer para mim, receber de vez em quando uma palavra deste « Grande menino » do hoquei em patins Português.

Pedro Antunes – Olá Jorge. Como é que vais?

Jorge Silva – È um prazer poder contribuir para este blog que simboliza a paixão por uma modalidade que seguimos com toda a emoção. Já passaram uns bons anos desde que comecei a frequentar as seleções nacionais mas se existem pessoas que merecem o nosso carinho uma delas és tu, Pedro Antunes, o adversário que fora era e é nosso amigo..

Pedro Antunes – Quais são para ti as maiores diferenças entre jogar num clube como o Porto ou num clube que luta para não descer ?

Jorge Silva – Essa questao é bastante complicada, pois pode ser estranho o que penso. Já que jogando no Gulpilhares e no Porto existe uma situaçao que é identica, a pressão.. Pois no Gulpilhares tinha a pressão de ganhar para não descer e no Porto temos a pressão para ganhar todos os jogos para cumprir o objectivo de ganhar todas as provas em que entramos. Mas depois tem as suas grandes diferenças que é a massa associativa que nos acompanha. No Porto temos sempre um apoio enorme.

Pedro Antunes – Como é um dia de semana, da vida do Jorge Silva ?

Jorge Silva – Posso dizer que tenho neste momento uma vida praticamente de atleta profissional, já que no Porto tornou-se complicado conciliar a escola. Mas respondendo á tua questão o meu dia começa por volta das 10h30 com um pequeno almoço seguido por um passeio matinal variado. De seguida por volta das 13h é o almoço pois faço questão de almoçar com a minha familia já que passo pouco tempo em casa. Depois de almoço está na hora de ir tomar um café com os amigos e ler os jornais para poder andar o máximo actualizado. Por volta das 17h vou para o treino onde antes lancho algo leve para começar a treinar às 18h30. Seguido do treino de 2h volto para jantar com a familia. Depois de jantar vou ter com a namorada e aí podemos ficar a ver tv como podemos fazer um programa diferente.. Mas por volta das 0h30 já estou na minha cama pois a este nível é necessario descansar bem.. Esta é a minha rotina habitual..

Pedro Antunes – Quais foram os momentos mais saborosos que vives-te na seleção Nacional?

Jorge Silva – Talvez seja das perguntas mais fáceis que poderei responder nesta ainda curta carreira. O ano de 2003 nunca poderá ser esquecido, já que conseguimos ser campeões do mundo sub20 e campeòes europeus de juniores no mesmo ano. Ainda por cima marca-me pois era o capitão da selecção nacional e ganhei todos os prémios individuais que havia para atribuir. Desde o de melhor marcador nas duas competições e o de melhor jogador. Bons velhos tempos. Este ano foi o ano em que o interesse do Porto foi mais forte. Apesar de só ter ido para o Porto no Ano de 2005.

Pedro Antunes – Sabes que actualmente já não sou selecionador da Suiça. Tu que jogás-te contra a « minha Suiça » em 2001, 2002 e 2003, o que é que achás-te das minhas seleções ?

Jorge Silva – Por experiencia própria sei o quanto a tua suiça era dificil de ultrapassar. Consigo perceber que apesar de alguns problemas individuais que os teus jogadores poderíam ter conseguis-te colocar o melhor de cada um a funcionar em prol da equipa. Posso só dizer que penso que isto conclui a pergunta, é que maior parte dos jogadores de selecção Suiça que ficou em 2º lugar no último Europeu, passou pelas tuas mãos.


Pedro Antunes – Lembras-te de alguma « anedota », que se tenha passado contigo na seleção nacional ? Conta lá…

Jorge Silva – Passaram-se varias situações caricatas, mas a que talvez tenha sido mais emocionate foi na preparação para o mundial de sub20 em Coimbra, que nós devido a uma idade problemática, conseguímos colocar o seleccionador Prof. Vasco Vaz à beira de um ataque de nervos. Eu como capitão tinha a responsabilidade sobre a equipa no momento de falar às duas partes e houve um momento que deixei de saber o que poderia fazer, já que os nossos directores estavam a pensar em colocar de fora os 10 jogadores ali seleccionados. Foi na altura em que pensei para mim próprio que iríamos ganhar aquele campeonato. No final o seleccionador deu-me razão, pois eu tinha-lhe dito isso mesmo.

Pedro Antunes – Vocês têm tido um calendário nacional e internacional de deixar qualquer ser humano de rastos….

Jorge Silva – Tem sido bastante complicado, gerir desde o inicio do campeonato os jogos ao sábado e quartas, mas felizmente o nosso Treinador Franquelin Pais sabe que tem 8 jogadores de campo, os quais coloca a jogar em todos os jogos e aí juntamente com o Prep. Fisico, Renato Almeida, conseguem gerir melhor o nosso esforço. Não nos podem deixar ir a baixo completamente como também nao podem deixar com que estejamos na plena forma antes do necessário que vem daqui para a frente…

Pedro Antunes – Como é que estás a viver estes últimos dias, que faltam para a Final-Four da Liga dos Campeões, em que vais participar pela segunda vez ?

Jorge Silva – Este é o pequeno Grande Passo que nos falta. No ano passado em que o poderoso Barcelona foi elimidado antes da final-four nós fomos automaticamente considerados favoritos por todos e isso não foi benéfico para nós. Este ano, como não temos nada a perder, já que vamos encontrar o Barcelona na meia-final, poderemos entar com mais tranquilidade e mais concentrados e provocar uma surpresa. Ainda com o aspecto, destas duas equipas nunca se terem defrontado numa meia final e de nunca terem perdido uma meia final.

Pedro Antunes – Desde que começas-te a jogar hoquei, lembras-te de alguma frase especial, que um dos teus treinadores te tenham dito, que te tenha marcado positivamente?

Jorge Silva – Passei por vários treinadores que me marcaram muito, mas penso que não será o mais correcto estar a mencionar uns e outros ficarem de fora, ja que cada um teve o seu papel essencial para a minha construção como jogador. Mas talvez nao me levem a mal, se mencionar o meu primeiro treinador (« Mestre » Vlademiro Brandão) que dizia para nunca ouvir os elogios de ninguém, pois no dia de amanhã poderemos sempre fazer melhor. Já que se nos fixarmos nos elogios, poderemos pensar que já estamos no nosso máximo.

Pedro Antunes – Uma mensagem para terminar esta entrevista…

Jorge Silva – Que posso dizer?? Digo que foi o maior prazer responder a estas questões colocadas por um amigo. E que nós as pessoas que gostam disto, continuemos a tentar levar esta modalidade onde ela já esteve.
Um grande Abraço Hoquistico..

Obrigado Jorge.
Pedro Antunes

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